Sobre a Mostra KINO.PT

KINO.PT

O NOVO CINEMA PORTUGUÊS

Novembro de 2013 - janeiro de 2014

Gdańsk | Katowice | Cracóvia | Lublin | Nowy Sącz | Poznań | Szamotuły | Varsóvia | Wrocław


Arranca já em novembro a iniciativa KINO.PT (CINEMA.PT), a maior mostra de sempre de cinema português na Polónia. Durante os próximos três meses, nove cidades polacas irão receber as obras mais marcantes dos últimos cinco anos da cinematografia portuguesa: um conjunto de 12 filmes que integra longas e curtas-metragens, cinema de ficção, animação e documental.

A edição de Varsóvia decorrerá entre os dias 13-17 de novembro, no Kino.Lab, o cineclube do Centro de Arte Contemporânea de Varsóvia, e será acompanhada por dois eventos especiais: o concerto de Alfredo Costa Monteiro, prestigiado músico eletroacústico que fará as honras de abertura da mostra; e um encontro com o realizador Sérgio Tréfaut, no primeiro dia de projeções, que integra o filme Viagem a Portugal.


A mostra KINO.PT é organizada pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, e pelo Kino.Lab em colaboração com a Zero em Comportamento e mais de 20 parceiros na Polónia e em Portugal. Será uma oportunidade única para conhecer o o melhor do novo cinema português.

O KINO.PT visa apresentar a vitalidade e a diversidade do cinema português, bem como apresentar ao público polaco uma nova geração de criadores, alguns já reconhecidos, como Miguel Gomes, Sérgio Tréfaut ou Gonçalo Tocha, e outros, como Salomé Lamas ou Filipa Reis, que começam agora a captar a atenção da crítica e do público.

Uma geração que, apesar de exibir influências dos grandes mestres do cinema português, como Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, Paulo Rocha ou César Monteiro, também se quer afirmar diferente destes criadores que preferiram a exploração dos limites da linguagem cinematográfica à exposição ou narração ficcionais, dando ao cinema português o seu cunho autorreflexivo e irónico.

Parece unir esta nova geração de criadores, o fascínio pela exploração do longe, que vem duma necessidade de compreender e de fazer do cinema uma arte de encurtamento ou de ajustamento das distâncias — as distâncias geográficas, como faz Gonçalo Tocha na sua exploração da ilha do Corvo, um dos lugares mais remotos na Europa; as distâncias sociais, de que nos falam Filipa Reis e João Miller Guerra ao documentar a vida daqueles que moram nas zonas desfavorecidos das grandes cidades; as distâncias nacionais, com as quais nos confronta Sérgio Tréfaut em Viagem a Portugal; as geracionais, as históricas, e tantas outras.

Por outro lado, o Camões I.P. e o Kino.Lab, ao apostarem na realização de uma mostra de âmbito nacional, pretendem que a iniciativa KINO.PT contribua para encurtar uma outra distância — a que tem separado, até ao momento, o cinema português do público polaco.